LIÇÕES DA MULTIPLICAÇÃO DOS PÃES
- contatomissaoapoio
- 5 de mar. de 2016
- 7 min de leitura
1- Passado algum tempo, Jesus foi para a outra margem do mar da Galileia, que é o mar de Tiberíades.
2- Então, uma grande multidão o seguia, porque tinham visto os sinais que Ele realizava nos enfermos.
3- E Jesus subiu ao monte, e sentou-se ali com seus discípulos.
4- Ora, a Páscoa, uma festa dos judeus, estava próxima.
5- Jesus ergueu os olhos e, vendo uma grande multidão que vinha em sua direção, disse a Filipe: “Onde compraremos pães para lhes dar a comer?”
6- Mas disse isso apenas para o provar, pois Ele bem sabia o que ia fazer.
7- Filipe lhe respondeu: “Duzentos denários não seriam suficientes para que cada um recebesse um pequeno pedaço de pão.”
8- Um de seus discípulos, André, irmão de Simão Pedro, disse a Jesus:
9- “Há aqui um rapaz com cinco pães de cevada e dois peixes pequenos; mas de que servem no meio de tanta gente?”
10- Então Jesus disse: “Fazei que o povo se assente”; pois havia muita grama naquele lugar. Assim, assentaram-se os homens em número de quase cinco mil.
11- Jesus pegou os pães e, tendo dado graças, repartiu-os entre os discípulos, e para os que estavam assentados; e da mesma maneira se fez com os peixes, tanto quanto desejaram.
12- E quando estavam fartos, disse Jesus aos seus discípulos: “Recolhei os pedaços que sobraram, para que nada se perca.”
13- Assim sendo, eles os ajuntaram e encheram doze cestos com os pedaços dos cinco pães de cevada, deixados por aqueles que haviam comido.
14- Então, vendo aqueles homens o sinal que Jesus havia realizado, disseram: “Este é, verdadeiramente, o Profeta que devia vir ao mundo.”
Este É O Único Milagre Relatado Em Todos Os Quatro Evangelhos. (Mc 6.30-44; Lc 9.10-17; MT 14.13-21; Jo 6:1-14).
Mateus diz que “Jesus. retirou-se. para um lugar deserto” (14.13), Marcos fala que “Jesus disse-lhes: Vinde vós, aqui à parte, a um lugar deserto” (6.31), já Lucas que “tomando-os consigo, retirou-se para um lugar deserto” (9.10), e João apenas que “Jesus partiu para a outra banda do mar da Galileia” (6.1), logo Jesus foi, convidou, e levou os discípulos a um lugar deserto.
Mais nota que é um lugar deserto (adjetivo) e não o deserto (substantivo), mas tanto o lugar deserto quanto o deserto é sinônimo de luta, angustias, tempo de provação, tempo de aprendizado e conhecimento de nós mesmos e de Deus, e muitas vezes o Senhor nos leva para o deserto para que nos sejamos moldados por Ele.
Introdução
Neste texto destacam-se quatro personagens.
1ª Jesus que e a principal, este sabe o que fazer.
2ª os discípulos estes tem uma idéia.
3ª a multidão estes são apenas seguidores não tem nenhuma idéia.
4ª o rapaz este sabia que Jesus sabia o que fazer.
1. Quando Jesus nos pergunta é para nos ensinar.
5- Jesus ergueu os olhos e, vendo uma grande multidão que vinha em sua direção, disse a Filipe: “Onde compraremos pães para lhes dar a comer?” (Jo 6:5).
Jesus Vendo a multidão com fome faz uma pergunta muito curiosa a. Felipe: “Onde compraremos pão, para estes comerem? Quando fazemos uma pergunta, é porque queremos sabre algo.
Mas, com Jesus é totalmente diferente; todas as vezes que Ele fez uma pergunta é porque queria ensinar algo muito importante:
Quando perguntou para Adão – Onde estás? (Gn 3:8) (foi para lhe ensinar e mostrar sobre sua posição e atitude, de culpa e pecado que agora se encontrava).
Quando pergunta para Elias Que fazes aqui Elias? (1º Rs 19:13)-(Pergunta para ensinar-lhe que fora da caverna, havia muito trabalho a fazer para Deus 1 Rs 19:13-16).
Quando pergunta em Lucas 18:8 “Quando vier o Filho do Homem, porventura achará fé na terra?”- Jesus ao perguntar, profetizou que os dias que antecederão sua Vinda, serão dias de uma grande crise de fé em toda Terra.
A pergunta feita a Felipe traz em sua competência, um desafio ‘a fé de Felipe e dos demais discípulos. Em outras palavras, Jesus estava confrontando a fé de Felipe, para este crer no Deus que ali estava pronto para abastecer a multidão. Se quisermos ver, o milagre da provisão e da multiplicação em nossa vida precisa crer inteiramente no Senhor (Heb 11:6)
2. Jesus quer que primeiro nos apresentemos a Ele- para depois lhe apresentarmos algo.
9- “Há aqui um rapaz com cinco pães de cevada e dois peixes pequenos; mas de que servem no meio de tanta gente?”
Primeiro: Avaliemos a entrega do que somos. Observai que João, ao narrar o milagre, primeiro fala que um rapaz se apresenta: “Está aqui um rapaz”, para depois falar do que ele tem: cinco pães de cevada e dois peixinhos.
Como o Senhor multiplicará o que temos se não nos oferecemos primeiramente a Ele?
Lindo é o exemplo dos crentes da Macedônia descrito por Paulo: “Também, irmãos, vos fazemos conhecer a graça de Deus dada ‘as igrejas da Macedônia.
Como em muita prova de tribulação, houve abundancia de seu gozo, e como a sua profunda pobreza, abundou em riquezas da sua generosidade. Porque, segundo o seu poder (o que eu mesmo testifico), e ainda acima do seu poder, deram voluntariamente.
Pedindo-nos com muitos rogos a graça e a comunicação deste serviço, que se fazia para com os santos.
E não somente isto, fizeram como nós esperávamos, mas a si mesmos se deram primeiramente ao Senhor, e depois a nós, pela Vontade de Deus. (2 Co 8:1-5)
Segundo: Consideremos a entrega do que temos
Depois de nos entregarmos ao Senhor, poderemos sem sombra de dúvida, ver a multiplicação do que temos.
Qual a oferta que Deus recebe, senão, aquela oferta que traduz a entrega primeira de todo ser a Deus.
Como Abel e sua oferta. O ofertante se fundiu ‘a sua oferta, seu coração, sua vida e sua adoração ali estavam na oferta. Para este tipo de oferta, Deus sempre atentará. “E Abel também trouxe dos primogênitos das suas ovelhas, e da sua gordura. E atentou o Senhor para Abel e sua oferta.” (Gn 4:4)
3. Jesus observa a nossa generosidade.
Vemos naquele moço, a vitória da generosidade sobre a avareza.
Diante da multidão faminta, aquele jovem que trazia a sua merenda; poderia ter-se omitido, poderia ter escondido seu suprimento, poderia ter se retirado sutilmente a um lugar ‘a parte, e sem ninguém notar para comer o seu pão e seu peixe.
No entanto, ele não o fez; pois não era mesquinho, nem tinha um coração egoísta. Aquele jovem, diante do quadro de grande necessidade, se apresenta com o que tem. Ele deve ter pensado: “Como posso eu comer, se esta gente está com fome? Vou entregar ao Senhor o que tenho...”
4. Jesus observa a nossa gratidão.
É interessante notar que o milagre da multiplicação é antecedido por uma atitude de gratidão. “E Jesus tomou os pães e, havendo dado graças...” (Jo 6.11).
Pessoas ingratas passam pela vida, sem verem o poder multiplicador da benção de Deus. Mas, os agradecido, vivenciam em cada partir do pão, o milagre da multiplicação. (1ª Ts 5.18)-(Cl 3.17) É interessante como Deus trabalha na vida de quem agradecido. Quando agradecemos as bênçãos recebidas (Sl 103.1,2), estamos preparando o caminho para mais bênçãos. Deus vê o coração agradecido, como o solo mais fértil para seus gloriosos investimentos.
Deus trabalha assim: A gente agradece e recebe. Recebe e agradece; e porque agradece, continua recebendo. Não interrompamos este divino processo em nossas vidas, mas sejamos a Ele agradecidos sempre.
No milagre que Jesus operou purificando dez leprosos de uma só vez. Jesus não desejava apenas curá-los fisicamente, mas também salvar suas preciosas almas.
Nove receberam apenas a cura para seus corpos; mas, um que tinha o coração cheio de gratidão, voltou para render-lhe graças.
Este foi duplamente abençoado: Foi curado da lepra completamente e foi salvo pelo poder de Deus (Lc 17.11-19). Voltemos sempre ao Senhor para agradecer-lhe. Não tenha dúvidas, que ao voltarmos a Ele, mais bênçãos receberemos.
5. O milagre de Jesus ocorre no momento da partilha.
11- Jesus pegou os pães e, tendo dado graças, repartiu-os entre os discípulos, e para os que estavam assentados; e da mesma maneira se fez com os peixes, tanto quanto desejaram. (Jo 6.11)
O Milagre da multiplicação não se deu em um só momento em que Jesus partiu os pães e os peixes.
Porque se assim fosse; imediatamente se teria uma verdadeira montanha de pães e peixes multiplicados. Mas, o milagre da multiplicação se deu cada vez que ocorria a partilha.
Primeiro: Multiplicou na mão de Jesus ao repartir e dar aos discípulos.
Segundo: Multiplicou na mão dos discípulos ao repartirem com os chefes de cada família.
Terceiro: O milagre da multiplicação não parava, enquanto iam repartindo: De pai para mãe, de mãe para filhos, de irmão para irmão, de vizinho para vizinho, de amigo para amigo.
Não existirá o milagre da multiplicação em nossas finanças, em nosso pão, em nossa casa, até que sejamos liberais no repartir o que temos. Neste glorioso milagre, Jesus está nos alertando, que se não houver partilha, jamais haverá multiplicação.
Ec 11.1,2 “Lança o teu pão sobre as águas, porque depois de muitos dias o acharás. Reparte com sete, e ainda até com oito, porque não sabes que mal haverá sobre a terra.”
Lc 6.38 “Dai, e ser-vos-á dado; boa medida, recalcada, sacudida e transbordando vos deitarão no vosso regaço; porque com a medida com que medirdes também vos medirão de novo.”
2ª Co 9:6-10 “E digo isto: Que o que semeia pouco, pouco também ceifará, e o que semeia em abundancia, em abundancia também ceifará. Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria.
E Deus é poderoso para fazer abundar em vós toda a graça, afim de que tendo sempre, em tudo, toda a suficiência, abundeis em toda a boa obra. Conforme está escrito: Espalhou, deu aos pobres; a sua justiça permanece para sempre.
“Ora, Aquele que dá semente ao que semeia, e pão para comer, também multiplicará a vossa sementeira, e aumentará os frutos da vossa justiça.”
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